"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

domingo, 26 de junho de 2011

26/06/2011

Nos últimos tempos, descobri uma porção de coisas...

Descobri em mim uma força que nunca imaginei que pudesse ter;

Descobri um amor incondicional por mim mesma, capaz de superar TUDO;

Descobri uma capacidade de regeneração emocional infinita;

Descobri que nunca mais serei capaz de dar poder a ninguém além de mim;
Descobri que sou MARAVILHOSA e que não preciso de nenhum homem p/ chamar de “meu”;

Descobri que não quero que ninguém me dê satisfações, pois definitivamente não quero ter que dar satisfações a ninguém... jamais;

Descobri que repudio com todas as minhas forças homens frouxos e dependentes, financeira e emocionalmente falando (os duros, mão de vaca, miseráveis, encostados, gigolôs e cafetães então... prefiro não comentar);

Descobri que os mais “bonitinhos” são também os mais “ordinários”;

Descobri também que uma boa “pegada” vale muito mais do que um belo discurso;

Descobri que amor numa cabana é utopia, afinal nem nos contos de fadas isso existe. O príncipe da Cinderela era um PRÍNCIPE de verdade, vivia num castelo, não me recordo de nenhuma cabana;

Descobri que estar junto não é estar misturado;

Descobri que prefiro ser feliz a ter razão;

Descobri que sou fã da eficácia e não da eficiência;

Descobri o maior prazer que uma cama de casal é capaz de me proporcionar: dormir sozinha e me espalhar toda; 

Descobri as delícias de fazer o que quero e quando quero; 

Descobri o prazer de me livrar da coleira eletrônica do telefone celular, que sempre toca no melhor momento da fofoca entre as amigas, quando estou dentro de um provador numa loja de roupas ou quando estou na manicure, fazendo as unhas – que são borradas em virtude da função de atender ao telefone numa hora mega inapropriada, me forçando a voltar à realidade;

Descobri que nunca mais terei de brincar de quem sou eu, onde estou, “Onde está Wally”;

Enfim... descobri tantas outras infinitas coisas sensacionais!!!

E viva la vita... adelante siempre!!!

Porém, o que tiver que vir... que venha. Apenas, nunca mais aceitarei nada e nem ninguém pela metade, afinal, EU SOU o fruto de mim mesma, de minhas expectativas e vivências... Assim sendo, ninguém irá me separar de mim mesma e nem tampouco da minha essência Divina.  

quarta-feira, 22 de junho de 2011

22/06/2011

Cá estou eu as voltas com o meu desejo de redescobrimento e liberdade. Estou em férias profissionais, o que me obriga a uma adaptação ao novo, ao descompromisso com o relógio e com as rotinas cotidianas.  

Paralelamente, muitas mudanças em minha vida, a adaptação ao novo, enfim... tudo junto e misturado!!! Ao longo da minha vida, prendi a ver o lado positivo de tudo e de todos. Assim sendo, resolvi transformar minha vida – tanto a parte tangível quanto a intangível. Redecorar a casa, mudar a cor das paredes, reformular o guarda-roupas e etc.  

Tudo novo... de novo.
Nesta tarde me dei de presente um luxo desmedido... cinema!!! Sim, em plena quarta-feira, lá estava eu numa sessão de cinema às 14:15h, para assistir ao filme Meia-Noite em Paris, acompanhada de muita pipoca e cola-cola. Quanto privilégio, apenas 18 pessoas na sala de cinema e eu dentre elas!!!
Férias... Férias... muito mais do que merecidas!!!

O filme Meia-Noite em Paris é a cara de Woody Allen. Bem humorado e leve, este filme é uma agradável viagem no tempo que nos leva a desmistificar a arte de forma fantasticamente surreal.
Excelente filme. Com sutil profundidade, Meia-Noite em Paris ensina a nós mortais, que temos a tendência de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde, tanto o quanto também temos uma irreal ilusão de que as pessoas que possuem  uma vida diferente da nossa – seja lá qual tipo de vida for – são sempre muito melhores e felizes.

Num delicado e divertido passeio pelos grandes pintores e escritores da década de 20, aprendi que a arte mais elevada é aquela que nos ajuda a entender a vida.

domingo, 19 de junho de 2011

19/06/2011

Tenho recebido alguns e-mails, onde as pessoas me questionam em relação ao meu sobrenome... quem sou eu??? Valeria Palma ou Kenchicoski???

Nosso grupo, o GAIA (Grupo de Amigas Interagindo com o Amor), nasceu em 30/04/2008, portanto não conhece Valeria Kenchicoski, apenas Valeria Palma. Sem querer, criei uma confusão...
 
Meu nome de batismo é Valeria Kenchicoski da Silva.

Até o dia 11/09/1999 eu sempre fui Valeria Kenchicoski... porém, a partir de 11/09/1999 (dia do meu casamento), meu nome passou a ser Valeria Kenchicoski da Silva Palma (Valeria Palma).

Ocorre que, doze anos depois, muita coisa mudou, inclusive meu casamento... ele deixou de existir. Estou me divorciando e portanto resgatando a Valeria Kenchicoski. Tarefa complicada esta... eu mesma às vezes ainda me confundo, é tudo muito recente.
 
O caos emocional que acompanha um processo de divórcio, desde o momento da constatação que a relação mudou e o sentimento também, até a divisão dos talheres, separação dos corpos e o fim sacramentado pela assinatura do divórcio (extremamente caro, tanto do ponto de vista financeiro como emocional), costuma ser colossal.

Encaro este processo pelo qual estou passando (não sou a primeira e nem serei a última mulher a passar por isso) como uma busca por minha supremacia moral.

Assim, procuro me adaptar à esta nova realidade. Choro ao meu modo, de forma invisível e sigo em frente. Seja como for, aprendi com as mulheres da minha família - Silva, a engolir as decepções e seguir em frente. Aprendi um modesto talento em mudar de forma, dissolver e depois fluir em torno de todas as necessidades (profissão, filhos, parceiro ou até mesmo da mera realidade cotidiana).

As mulheres da família Silva se adaptam, se ajustam, deslizam e aceitam. São poderosas em sua maleabilidade, quase a ponto de terem um poder sobre-humano. Cresci observando minha mãe que, a cada novo dia, se transformava no que aquele dia lhe impunha. Criava guelras quando precisava de guelras, criava asas quando as guelras ficavam obsoletas, exibia velocidade e paciência épica em outras circunstâncias mais sutis.

Definitivamente, os homens não possuem tais habilidades...