"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

25/05/2011

Conto de fadas, sinestesia e graça... muita graça. Estes são os principais adjetivos que definem a experiência que vivenciei no dia de hoje. Impossível não transbordar em emoções. Injustiça não tentar registrar em palavras tanto bom gosto, delicadeza e expressão máxima de amor à vida. Sim, eu disse tentar, porque por mais que eu me esforce, jamais conseguirei em palavras definir o que foi presenciar, admirar e sentir... refiro-me à Os Anos Grace Kelly – Princesa de Mônaco, em exposição no MAB/FAAP (Museu de Arte Brasileira/Fundação Armando Alvares Penteado) em São Paulo/SP – de 05 de maio à 11 de junho de 2011.

Grace Patrícia Kelly... “Sua Alteza Sereníssima”, “Neve cobrindo um vulcão”, “Uma dama em cada polegada”, “A garota com alma de aço inoxidável”... acima de tudo havia uma mulher atrás desses qualificativos, uma personalidade memorável e apaixonante. Confesso que ao percorrer as doze salas que completam a exposição, me emocionei, me encantei, refleti e viajei numa ponte cronologicamente paradoxal e simultaneamente atemporal. Fascinante descobrir como Grace conseguiu conjugar elegância e simplicidade ao desenvolver seus papéis de esposa e mãe com a ânsia em sua luta entre acertos e problemas cotidianos. Assim, caminhar por entre Os Anos Grace Kelly – Princesa de Mônaco é transitar por uma vida que se apresenta a nós em fotografias e registros através de filmes domésticos, bem como seu talento e trabalho, suas palavras e energia, suas aspirações, conflitos, dedicação e força interior.

Enfim, trabalhar na capital paulistana tem sido surpreendentemente cultural e revelador. Sempre que possível, procuro presentear minha alma durante meus horários de almoço, não só com a presença de companhias agradáveis – passaporte para um bom “papo”, mas principalmente conhecendo lugares novos, de shoppings à igrejas e museus. E hoje não foi diferente. Planejei um almoço especial, apenas com a presença “ilustre” de mim mesma. Introspecção, reflexão e silêncio somados à gratidão e contemplação... de dentro para fora e vice e versa. Simplesmente magnânimo!!!

A primeira e última vez, até então, que me sensibilizei de forma tão intensa e inesquecível foi a pouco mais de uma década, numa exposição das obras de Salvador Dali, no MASP (Museu de Arte de São Paulo). Dia inesquecível... definitivamente excêntrico, polêmico, contemporâneo, audacioso e surreal.

Neste instante, 23:06h, no aconchego da minha cama, em meio a travesseiros e edredons, tenho a visão sublime, abençoada e mágica do meu filho que dorme ao meu lado. Sinto-me grata... eternamente grata.

domingo, 22 de maio de 2011

22/05/2011

Neste momento a vida é movimento
O sol no firmamento revela o sentimento
Alma acanhada, garganta arranhada.
 
Substância incorpórea é a alma
Ausência de quietude, tranqüilidade e calma
Peito sufocado, ciclo encerrado.

Toda mudança exige temperança
A única esperança é a certeza da bonança
Alma expandida, angústia banida.

Elimino o casulo e pelo mundo perambulo
O que era uma célula, agora é uma libélula
Fim da tempestade, bem vinda liberdade.


ALMA – por Valeria Kenchicoski em 22/05/2011

domingo, 1 de maio de 2011

30/04/2011

Mais um ano pessoal se foi.

Hoje é o dia mais importante da minha vida, pois é o marco de um re-começo. Eis-me aqui, mais uma vez com a possibilidade de reescrever a minha história, afinal um novo capítulo se inicia, a tela do computador está em branco e o cursor ansioso em registrar este trigésimo sexto capítulo.

Diferentemente do ano passado e pela primeira vez em minha vida, passei pelo meu dia de aniversário de forma bem anônima e tranqüila. Propositalmente, desliguei todos os telefones e saí bem cedinho de casa. O dia foi exclusivamente meu. Muita caminhada reflexiva, com um clima super agradável pela manhã, sol de outono em pleno sábado... cenário perfeito!!!

Durante à tarde, muito shopping... hora de EU me presentear!!!

Me sinto forte, regenerada, pronta para combater o bom combate. Afloram em minha mente impressões, sons, imagens, sensações olfativas, visuais, auditivas e táteis que me remetem à infância. Inexoravelmente me transporto às fantasias e fábulas mágicas. Como num passe de mágica estou com cinco anos de idade, sentada no chão vermelho da cozinha de casa. Posso sentir o cheiro da cera que mantém o piso limpo e espelhado. Minha mãe, como de costume, costura em sua máquina “Singer”, cujos pedais foram substituídos por um comando elétrico de última geração para a época – presente do meu pai. Enquanto isso, ouço numa vitrolinha a coleção dos Clássicos da Disney, em disquinhos compactos de vinil coloridos e acompanho tudo com muita atenção sem desviar olhar das ilustrações multi-coloridas, meus primeiros contatos com o maravilhoso e surpreendente universo da literatura. Desde então já tinha um conto favorito.

Mesmo sem saber o motivo, Alice no País das Maravilhas já era meu conto favorito. “É tarde, é tarde, tão tarde a te que arde”... como eu adorava cantar esta música!!! E assim eu a ouvia, várias e várias vezes.

Em minha vida, muitas vezes tento criar todo o tipo de resistência na tentativa de evitar emoções que possam me causar dor. Desta forma, aos poucos, entorpeço meus sentimentos e a vida corre o risco de perder o sentido. O medo do desconhecido é o que sempre me impede de enxergar as melhores oportunidades.

Viver do passado é perder o presente. Sou grata a tudo o que me serviu como aprendizado e crescimento.

Nunca é tarde para sorrir e sonhar. Nunca é tarde para voltar a ser criança. A magia está presente em nossos corações. É chegada a hora de me utilizar de minha perseverança e força interior. Depende apenas de mim o poder de vivenciar meu conto de fadas.

Feliz Aniversário!!!