"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

quinta-feira, 13 de março de 2014

28/02/2014

Em algum momento...

Em algum momento, tudo se torna diferente.  Ao apagar uma vela, numa fração de segundos, a claridade se torna escuridão. Assim é a vida, repleta de momentos... claros e escuros.

Em algum momento, a vida nos coloca à prova. Crenças, filosofia de vida, ideais, sonhos, projetos, fé, espiritualidade, divindade, tudo, absolutamente tudo aparentemente se transforma, deixa de existir e/ou passa a existir.

Em algum momento, questionamos Deus. Deus? Que Deus? Quem é Deus? O que é Deus? Afinal, qual Pai em sua bondade e misericórdia infinitas, permite que crianças sofram mazelas da fome, do abandono, das guerras, das doenças, das mutilações, das injustiças, das diferenças sócio-econômicas e culturais, por exemplo?

Em algum momento, precisamos apenas entender que Deus é este, em sua onipotência, onipresença e onisciência, refestelado em seu trono lá no céu, aponta o dedo, julga, pune, escolhe e determina quem deve passar por isso ou por aquilo? Quem deve viver ou morrer?

Em algum momento, percebemos que lamentos, revoltas, contradições e crises existenciais não mudam um fato. A atitude sim é capaz de promover mudanças. Somente a atitude.

Nada acontece ou “cai do céu” enquanto não houver determinação, movimento, ação.

Em algum momento, tudo se torna efêmero. Deus, o tempo, a vida, a humanidade, o universo, as dimensões, a energia cósmica, tudo definitivamente efêmero.

Em algum momento, o despertar para ampliação de consciência nos mostra a simplicidade do todo. Simplicidade esta que não requer práticas e nenhuma habilidade extraordinária para que se faça entender que somos apenas energia, nada a mais.

Em algum momento, as teorias de Einstein se tornam claras e absolutas. Matéria é matéria. As leis da física conseguem decodificar e comprovar tudo. Os processos químicos e bioquímicos, através das composições de gases universais, associados à energia, proporcionaram o famoso Big-Bang, viabilizando as diversas formas de vida no planeta terra e em outros planetas também, de acordo com o seu meio.

Em algum momento, Darwin nos apresenta sua teoria da evolução das espécies. Os reinos, mineral, vegetal e animal ganham vida e evoluem a cada era, graças a um fenômeno conhecido como magnetismo. É o “milagre” da ciência, simples assim.

Em algum momento, questionamos a existência da alma, do espírito.

Em algum momento, questionamos a manipulação do inconsciente coletivo humano, que nos força a viver num mundo de ilusões... é a verdadeira filosofia matrix.

Em algum momento, somos acometidos por uma lucidez súbita, onde numa fração de segundos, as brumas da ignorância se dissipam, e tomamos consciência de tudo isso e muito mais.

Em algum momento, “acordamos” pra esta falsa realidade, com a impressão de ter vivido apenas um sonho repleto de “idéias muito loucas”... e lá vamos nós, totalmente condicionados por neste master mind universal, continuar a repetir todos os padrões de ignorância, mesmo sem saber como.

Em algum momento, voltamos a nos inserir nesta pseudo-vida, em uma rotina frenética que se resume em acordar, comer, trabalhar, comer de novo, pagar contas, comer mais uma vez e dormir. Acordar de novo, etc, etc, etc, correndo contra uma ilusão cronológica inexistente e divertindo-se quase nunca (ainda que seja uma diversão ilusória, como sempre é).

Em algum momento, todos os momentos me entristecem, ao saber que há quem chame esta demência social de vida.


Valeria Kenchicoski

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