Tenho recebido alguns e-mails, onde as pessoas me questionam em relação ao meu sobrenome... quem sou eu??? Valeria Palma ou Kenchicoski???
Nosso grupo, o GAIA (Grupo de Amigas Interagindo com o Amor), nasceu em 30/04/2008, portanto não conhece Valeria Kenchicoski, apenas Valeria Palma. Sem querer, criei uma confusão...
Meu nome de batismo é Valeria Kenchicoski da Silva.
Até o dia 11/09/1999 eu sempre fui Valeria Kenchicoski... porém, a partir de 11/09/1999 (dia do meu casamento), meu nome passou a ser Valeria Kenchicoski da Silva Palma (Valeria Palma).
Ocorre que, doze anos depois, muita coisa mudou, inclusive meu casamento... ele deixou de existir. Estou me divorciando e portanto resgatando a Valeria Kenchicoski. Tarefa complicada esta... eu mesma às vezes ainda me confundo, é tudo muito recente.
O caos emocional que acompanha um processo de divórcio, desde o momento da constatação que a relação mudou e o sentimento também, até a divisão dos talheres, separação dos corpos e o fim sacramentado pela assinatura do divórcio (extremamente caro, tanto do ponto de vista financeiro como emocional), costuma ser colossal.
Encaro este processo pelo qual estou passando (não sou a primeira e nem serei a última mulher a passar por isso) como uma busca por minha supremacia moral.
Assim, procuro me adaptar à esta nova realidade. Choro ao meu modo, de forma invisível e sigo em frente. Seja como for, aprendi com as mulheres da minha família - Silva, a engolir as decepções e seguir em frente. Aprendi um modesto talento em mudar de forma, dissolver e depois fluir em torno de todas as necessidades (profissão, filhos, parceiro ou até mesmo da mera realidade cotidiana).
As mulheres da família Silva se adaptam, se ajustam, deslizam e aceitam. São poderosas em sua maleabilidade, quase a ponto de terem um poder sobre-humano. Cresci observando minha mãe que, a cada novo dia, se transformava no que aquele dia lhe impunha. Criava guelras quando precisava de guelras, criava asas quando as guelras ficavam obsoletas, exibia velocidade e paciência épica em outras circunstâncias mais sutis.
Definitivamente, os homens não possuem tais habilidades...
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