PARÁLISE POR ANÁLISE.
Passados 20 dias, num processo de imersão dentro de mim mesma, finalmente consegui concatenar sentimentos e idéias, bem como concluir o processo de parálise por análise ao qual me submeti em virtude dos últimos acontecimentos.
Em 30/04/2005, ao soprar as velinhas sobre o meu bolo de aniversário, então 30 anos, jurei que nunca mais seria a mesma pessoa e que não mais levaria uma vida medíocre. Medíocre no sentido de SER e não de TER. Jurei que ao chegar aos 35 anos, minha idade atual, eu seria digna em olhar p/ o passado e constatar o quanto tudo em minha vida teria se transformado. Jurei que em virtude deste processo eu me surpreenderia com a explosão de sentimentos e acontecimentos, tanto os já vivenciados como principalmente os que ainda estavam por vivenciar.
Hoje é domingo. São exatamente 15:15h. Sabem onde estou? Na praia, no deleite com a natureza, sábia natureza... pura realeza. Um domingo de profunda reflexão e regeneração. Enquanto escrevo, ao som das ondas no mar indo e vindo, num compasso similar a cadência das batidas do meu coração, observo meu filho a brincar de engenheiro, esculpindo pacientemente um castelo de areia. Como num labirinto, minhas emoções se fundem, num misto de admiração, gratidão e amor. O que mais posso desejar?
Não. Definitivamente não. Este questionamento não combina com o meu momento de vida atual. “O que mais posso desejar” é sinônimo de tédio. Como diz Luiz Alca de Sant’anna em seu livro OUTRA FACE: “o tédio é um espectro”. Em seu livro FILOSOFIA DO TÉDIO, o filósofo norueguês Lars Svendsen alerta para que muito pior do que sentir tédio é não lutar para superá-lo ou, mais ainda, nem sequer perceber que ele está nos envolvendo psicologicamente e achar que a pasmaceira toda é descanso, “vidinha tranqüila”. Cuidado, muito cuidado. A falta de exigência, pregada pela formação judaico-cristã, também podem ser causadora de tédio. Esta história de dizer que é só abrir a janela e ver o sol ou acordar e perceber que estamos respirando, e que portanto já temos felicidade, é jogar baixo demais! Há frases duras de se ouvir, como “não acontecendo nada de ruim, já está bom”, “se ficar melhor, estraga”. Como é medonho isso!!!
Tenho muito mais a desejar e desejo avassaladoramente...
Passados 20 dias, num processo de imersão dentro de mim mesma, finalmente consegui concatenar sentimentos e idéias, bem como concluir o processo de parálise por análise ao qual me submeti em virtude dos últimos acontecimentos.
Em 30/04/2005, ao soprar as velinhas sobre o meu bolo de aniversário, então 30 anos, jurei que nunca mais seria a mesma pessoa e que não mais levaria uma vida medíocre. Medíocre no sentido de SER e não de TER. Jurei que ao chegar aos 35 anos, minha idade atual, eu seria digna em olhar p/ o passado e constatar o quanto tudo em minha vida teria se transformado. Jurei que em virtude deste processo eu me surpreenderia com a explosão de sentimentos e acontecimentos, tanto os já vivenciados como principalmente os que ainda estavam por vivenciar.
Hoje é domingo. São exatamente 15:15h. Sabem onde estou? Na praia, no deleite com a natureza, sábia natureza... pura realeza. Um domingo de profunda reflexão e regeneração. Enquanto escrevo, ao som das ondas no mar indo e vindo, num compasso similar a cadência das batidas do meu coração, observo meu filho a brincar de engenheiro, esculpindo pacientemente um castelo de areia. Como num labirinto, minhas emoções se fundem, num misto de admiração, gratidão e amor. O que mais posso desejar?
Não. Definitivamente não. Este questionamento não combina com o meu momento de vida atual. “O que mais posso desejar” é sinônimo de tédio. Como diz Luiz Alca de Sant’anna em seu livro OUTRA FACE: “o tédio é um espectro”. Em seu livro FILOSOFIA DO TÉDIO, o filósofo norueguês Lars Svendsen alerta para que muito pior do que sentir tédio é não lutar para superá-lo ou, mais ainda, nem sequer perceber que ele está nos envolvendo psicologicamente e achar que a pasmaceira toda é descanso, “vidinha tranqüila”. Cuidado, muito cuidado. A falta de exigência, pregada pela formação judaico-cristã, também podem ser causadora de tédio. Esta história de dizer que é só abrir a janela e ver o sol ou acordar e perceber que estamos respirando, e que portanto já temos felicidade, é jogar baixo demais! Há frases duras de se ouvir, como “não acontecendo nada de ruim, já está bom”, “se ficar melhor, estraga”. Como é medonho isso!!!
Tenho muito mais a desejar e desejo avassaladoramente...
Quero TUDO.