"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

domingo, 24 de outubro de 2010

24/10/2010

PARÁLISE POR ANÁLISE.

Passados 20 dias, num processo de imersão dentro de mim mesma, finalmente consegui concatenar sentimentos e idéias, bem como concluir o processo de parálise por análise ao qual me submeti em virtude dos últimos acontecimentos.

Em 30/04/2005, ao soprar as velinhas sobre o meu bolo de aniversário, então 30 anos, jurei que nunca mais seria a mesma pessoa e que não mais levaria uma vida medíocre. Medíocre no sentido de SER e não de TER. Jurei que ao chegar aos 35 anos, minha idade atual, eu seria digna em olhar p/ o passado e constatar o quanto tudo em minha vida teria se transformado. Jurei que em virtude deste processo eu me surpreenderia com a explosão de sentimentos e acontecimentos, tanto os já vivenciados como principalmente os que ainda estavam por vivenciar.

Hoje é domingo. São exatamente 15:15h. Sabem onde estou? Na praia, no deleite com a natureza, sábia natureza... pura realeza. Um domingo de profunda reflexão e regeneração. Enquanto escrevo, ao som das ondas no mar indo e vindo, num compasso similar a cadência das batidas do meu coração, observo meu filho a brincar de engenheiro, esculpindo pacientemente um castelo de areia. Como num labirinto, minhas emoções se fundem, num misto de admiração, gratidão e amor. O que mais posso desejar?

Não. Definitivamente não. Este questionamento não combina com o meu momento de vida atual. “O que mais posso desejar” é sinônimo de tédio. Como diz Luiz Alca de Sant’anna em seu livro OUTRA FACE: “o tédio é um espectro”. Em seu livro FILOSOFIA DO TÉDIO, o filósofo norueguês Lars Svendsen alerta para que muito pior do que sentir tédio é não lutar para superá-lo ou, mais ainda, nem sequer perceber que ele está nos envolvendo psicologicamente e achar que a pasmaceira toda é descanso, “vidinha tranqüila”. Cuidado, muito cuidado. A falta de exigência, pregada pela formação judaico-cristã, também podem ser causadora de tédio. Esta história de dizer que é só abrir a janela e ver o sol ou acordar e perceber que estamos respirando, e que portanto já temos felicidade, é jogar baixo demais! Há frases duras de se ouvir, como “não acontecendo nada de ruim, já está bom”, “se ficar melhor, estraga”. Como é medonho isso!!!

Tenho muito mais a desejar e desejo avassaladoramente...
Quero TUDO.

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