Fim do longo período de silêncio.
Os infinitos e turbulentos acontecimentos deste último semestre fizeram com que o meu córtex cerebral entrasse em colapso. Colapso de idéias, de racionalização, de entendimento, de sabedoria, de resignação, de aceitação, de equilíbrio, de choques culturais e morais, enfim...
Quem sou eu? Onde estou? Por que e para que estou? Quantos e quais são os papéis que preciso interpretar no decorrer deste imenso espetáculo teatral chamado vida?
Na rotina insana do cotidiano de cada indivíduo, será que alguém sabe o que EU realmente quero, sinto e penso? Será que isso interessa p/ alguém? (além de mim mesma – é claro). A resposta é NÃO.
Cada um no seu quadrado, cada um com seus problemas, afinal, criamos as nossas próprias realidades, através de nossas próprias atitudes e escolhas. MERECIMENTO. Se é assim, pq sofrer tanto com o julgamento alheio? Se ninguém está nem aí p/ o que eu penso e p/ quem eu realmente sou, pq insisto em perder o sono preocupada em cumprir protocolos criados por uma sociedade profundamente machista?
Eu sei a resposta: BERÇO.
No meu caso, herança de uma criação extremamente matriarcal. E com o berço, inevitavelmente percebo a culpa e o sentimento de culpa. Sim... culpa e sentimento de culpa são coisas totalmente diferentes.
A culpa é de dentro para fora.
Sentimento de culpa é de fora para dentro.
Estamos onde estamos, interagindo com uma diversidade de pessoas que são frutos de nossas escolhas pessoais – mesmo que inconscientemente. Seja no trabalho ou em casa, os semelhantes se atraem, energeticamente, da mesma forma que também se repudiam com a mesma intensidade.
Outro dia assisti à um filme no cinema, uma comédia romântica bem interessante. Ocorre que, ao terminar a sessão de cinema, voltei p/ casa contrariada e o motivo é bem simples: Vi parte de mim numa grande tela de cinema, como se estivesse diante de meu próprio reflexo em um espelho gigante... hummm, olhar p/ si é pesado. É auto-conhecimento. É desarrumar p/ arrumar. Me deparei c/ minhas virtudes e defeitos, meus erros e acertos, meus medos e anseios... o bacana é que ao final, percebi como cada um deles interfere direta e/ou indiretamente em meu dia a dia.
Difícil mesmo é a hipocrisia humana. Criaturas que não tem a menor noção do significado da palavra AMOR. Hoje qualquer um diz EU TE AMO, sem mais nem menos. Esquecem que os olhos são a porta da alma e que o corpo fala. Ascendem uma vela p/ Deus e outra p/ o Diabo, simultaneamente. São seres perdidos, com uma noção diferenciada de seu próprio SER.
Continuo a espera de encontrar pessoas cujo foco esteja em SER, mas, infelizmente, a grande maioria das pessoas canalizam todas as suas energias em TER, TER, TER.
E eu???
Procuro fazer o diz a canção: “Ei dor, eu não te escuto mais, vc não me leva à nada. Ei medo, eu não te escuto mais, vc não me leva a nada. E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou.”
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