"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

domingo, 10 de abril de 2011

04/04/2011

Fim do longo período de silêncio.

Os infinitos e turbulentos acontecimentos deste último semestre fizeram com que o meu córtex cerebral entrasse em colapso. Colapso de idéias, de racionalização, de entendimento, de sabedoria, de resignação, de aceitação, de equilíbrio, de choques culturais e morais, enfim...

Quem sou eu? Onde estou? Por que e para que estou? Quantos e quais são os papéis que preciso interpretar no decorrer deste imenso espetáculo teatral chamado vida?

Na rotina insana do cotidiano de cada indivíduo, será que alguém sabe o que EU realmente quero, sinto e penso? Será que isso interessa p/ alguém? (além de mim mesma – é claro). A resposta é NÃO.

Cada um no seu quadrado, cada um com seus problemas, afinal, criamos as nossas próprias realidades, através de nossas próprias atitudes e escolhas. MERECIMENTO. Se é assim, pq sofrer tanto com o julgamento alheio? Se ninguém está nem aí p/ o que eu penso e p/ quem eu realmente sou, pq insisto em perder o sono preocupada em cumprir protocolos criados por uma sociedade profundamente machista?

Eu sei a resposta: BERÇO.

No meu caso, herança de uma criação extremamente matriarcal. E com o berço, inevitavelmente percebo a culpa e o sentimento de culpa. Sim... culpa e sentimento de culpa são coisas totalmente diferentes.
 
A culpa é de dentro para fora.

Sentimento de culpa é de fora para dentro.

Estamos onde estamos, interagindo com uma diversidade de pessoas que são frutos de nossas escolhas pessoais – mesmo que inconscientemente. Seja no trabalho ou em casa, os semelhantes se atraem, energeticamente, da mesma forma que também se repudiam com a mesma intensidade.

Outro dia assisti à um filme no cinema, uma comédia romântica bem interessante. Ocorre que, ao terminar a sessão de cinema, voltei p/ casa contrariada e o motivo é bem simples: Vi parte de mim numa grande tela de cinema, como se estivesse diante de meu próprio reflexo em um espelho gigante... hummm, olhar p/ si é pesado. É auto-conhecimento. É desarrumar p/ arrumar. Me deparei c/ minhas virtudes e defeitos, meus erros e acertos, meus medos e anseios... o bacana é que ao final, percebi como cada um deles interfere direta e/ou indiretamente em meu dia a dia.
 
Difícil mesmo é a hipocrisia humana. Criaturas que não tem a menor noção do significado da palavra AMOR. Hoje qualquer um diz EU TE AMO, sem mais nem menos. Esquecem que os olhos são a porta da alma e que o corpo fala. Ascendem uma vela p/ Deus e outra p/ o Diabo, simultaneamente. São seres perdidos, com uma noção diferenciada de seu próprio SER.

Continuo a espera de encontrar pessoas cujo foco esteja em SER, mas, infelizmente, a grande maioria das pessoas canalizam todas as suas energias em TER, TER, TER.

E eu???

Procuro fazer o diz a canção: “Ei dor, eu não te escuto mais, vc não me leva à nada. Ei medo, eu não te escuto mais, vc não me leva a nada. E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou.”

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