ÂNSIA
Primavera,
chuva incessante e fina
da
janela ouço um pássaro a cantar
e
neste instante travestida de menina
planejo
sonhos que ainda estão por realizar
Sentada
com os pés a balançar
Fecho
os olhos e me entrego a divagar
Estou
presa no aqui e agora
Onde
mais queria estar?
Emoção
estrondosa faz o pulso acelerar
Eis
um nó nas cordas do soprano
Um
universo inteiro a conquistar
E
eu aqui feito um poço artesiano
Um
o susto, um vácuo a me sugar
O
telefone toca e me obriga a acordar
Alô,
com quem deseja falar?
Um
engano, só me resta serenar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário