"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

29/07/2010

Madrugada deste dia 29 e acordo com o telefone tocando em meio ao total silêncio... sono interrompido. Quando um telefone toca de madrugada, inevitavelmente não é coisa boa, sempre nos assusta. Atendo o telefone imediatamente e ouço do outro lado da linha um voz fina que disse: “mamãe, vem me buscar”. Ufa, dos males, o menor. Ou melhor, dos males, nenhum, graças à Deus!!! Era meu filho, que estava passando férias na casa ao avô à quase duas semanas. Quando perguntei à ele se havia acontecido alguma coisa, ele me respondeu prontamente que não. Me disse que estava com saudades e caiu no choro. Ai que dó. Que aperto em meu coração. Ele chorava de lá e eu chorava de cá. Conclusão: Mudança de planos. Eu que ia buscá-lo somente amanhã, tratei de antecipar os planos para esta manhã. Mal consegui voltar a dormir...

Logo cedo, enquanto eu fui para o trabalho, meu marido foi buscar nosso filhote. Só alegria!!! Eles chegaram a tempo de almoçarmos os três juntos... que delícia, estava morrendo de saudades daquele cheirinho. Muitas novidades e o coração acalentado. Agora sim, todos juntos e em segurança. Não que com o meu pai o Arthur não estivesse em segurança, pelo contrário. Ele é muito mimado e bem cuidado pelo vovô, mas mãe é mãe, sabem como é, né? Não, não sabem não... só mesmo sendo mãe para saber... e este privilégio eu tive, em meio a tantas mulheres que tentam, tentam e a natureza divina diz que ainda não é chagada a hora.

Fim de tarde... não foi fácil chegar em casa. Como dizer ao Arthur que o nosso Ariel se foi? Como escolher as palavras? Mas tivemos que passar por isso juntos. E mais uma vez, tive que ouvir do meu filho a seguinte pergunta: “Porque tudo o que eu gosto morre? Morreu a vovó, morreu o Sherman (peixe), a Pantera (nossa cadela da raça pastor alemão), a Kika (tartaruga) e agora morreu o Ariel (gato)”. E novamente ficamos sem saber o que dizer... que sensação horrível de impotência... É claro que não dissemos que o Ariel foi envenenado. Apenas dissemos que ele ficou mito doente e não resistiu. Agora o Ariel também está no céu, como todos os outros nossos bichinhos de estimação, juntamente com o vovô Tião, a vovó Ivone e a vovó Marilda. Todos juntos, um cuidando do outro e simultaneamente cuidando de nós. Ao ver o desespero do meu filho, em prantos e soluçando sem parar, me deu uma revolta tão grande, mas tão grande, que eu não pude deixar de pensar em QUEM teve a covardia de fazer tamanha maldade. Ainda bem que não temos a certeza de quem foi, pois eu seria bem capaz de ir tirar satisfações e a coisa ia ficar feia... muito feia. Não por mim, não pelo Ariel, mas pelo Arthur. Tantas crianças adoecem ao perder seu bichinho de estimação...

Que noite... Vamos falar de coisas boas? Minha casa virou uma enorme bagunça!!! Quatro gatos e três crianças... Os gatos: Kira a mãe, Alvin, Simon e Theodora – os filhotes. Crianças: Arthur, papai e mamãe!!! Muita alegria e curtição. Enquanto Alvin pula do sofá, Theodora escala a cortina, Simon brinca com o interruptor da luminária e Kira assiste tudo de camarote, relaxando no tapete, o Arthur se diverte e nós “adultos” feito bobos fotografando e filmando cada cena. Pedimos uma pizza e fizemos novamente um pique-nique no meio da sala... De repente me vi olhando tudo aquilo e me divertindo muito. Então me lembrei de um trexo da música dos Titãs – Família:

“...Família, família,
Cachorro, gato, galinha
Família, família
Janta junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Família ê
Família á
Família.”

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