"Despersonalizo-me e tiro-me de mim como quem tira uma roupa. Despersonalizo-me a ponto de adormecer."
Clarice Lispector.
Escolhi Clarice para iniciar este dia, pois quem deseja ver o arco-íris precisa aprender a gostar da chuva... e hoje choveu muito. Choveu chuva de verdade, molhada e fria, típica deste início de primavera. Choveu lembranças com sabor de infância, repleta de saquinhos contendo doces variados em comemoração ao Dia de São Cosme e São Damião. Choveu perfume de mãe, com seu saudoso colo cálido e protetor. Choveu através de meus olhos, uma chuva com gosto de lágrimas, lágrimas aquecidas com o calor do meu rosto, rubro e ardente, um calor que se estendeu até o peito e que de tanto soluçar fez meu timo quase desaparecer.
Sinto-me dentro de uma máquina lavadora de roupas em meio ao processo de centrifugação. O mar está novamente inteiro preso em minha garganta e esta onda teima em não sair. Já dizia Dante Alighieri: "A vontade, se não quer, não cede, é como a chama ardente, que se eleva com mais força quanto mais se tenta abafá-la."
Vontade de quê? Se ao menos eu soubesse... é tudo junto e misturado, mas já que a dúvida empurra o homem adiante, lá vou eu... afinal, a única certeza que tenho é que se buscamos alguma coisa, esta coisa também está nos buscando.
Nesta segunda-feira o que não me faltou foi trabalho para colocar em dia, sob o comando indomável e ferrenho de uma variável chamada tempo. Ainda bem que minha noite foi mais tranqüila, ganhei o colo do meu irmão, seguido de alguns puxões de orelhas também... não consegui detectar em que momento da vida houve esta inversão, antes era eu quem dava o colo e puxava as orelhas do Rodrigo, sempre que necessário. Já em casa, nada melhor do que comer um super hot-dog e assistir ao filme Transformers junto com a razão do meu viver. Existe coisa melhor na vida? Existe prazer maior? Se existe, ainda não conheci... filho, te amo.
Escolhi Clarice para iniciar este dia, pois quem deseja ver o arco-íris precisa aprender a gostar da chuva... e hoje choveu muito. Choveu chuva de verdade, molhada e fria, típica deste início de primavera. Choveu lembranças com sabor de infância, repleta de saquinhos contendo doces variados em comemoração ao Dia de São Cosme e São Damião. Choveu perfume de mãe, com seu saudoso colo cálido e protetor. Choveu através de meus olhos, uma chuva com gosto de lágrimas, lágrimas aquecidas com o calor do meu rosto, rubro e ardente, um calor que se estendeu até o peito e que de tanto soluçar fez meu timo quase desaparecer.
Sinto-me dentro de uma máquina lavadora de roupas em meio ao processo de centrifugação. O mar está novamente inteiro preso em minha garganta e esta onda teima em não sair. Já dizia Dante Alighieri: "A vontade, se não quer, não cede, é como a chama ardente, que se eleva com mais força quanto mais se tenta abafá-la."
Vontade de quê? Se ao menos eu soubesse... é tudo junto e misturado, mas já que a dúvida empurra o homem adiante, lá vou eu... afinal, a única certeza que tenho é que se buscamos alguma coisa, esta coisa também está nos buscando.
Nesta segunda-feira o que não me faltou foi trabalho para colocar em dia, sob o comando indomável e ferrenho de uma variável chamada tempo. Ainda bem que minha noite foi mais tranqüila, ganhei o colo do meu irmão, seguido de alguns puxões de orelhas também... não consegui detectar em que momento da vida houve esta inversão, antes era eu quem dava o colo e puxava as orelhas do Rodrigo, sempre que necessário. Já em casa, nada melhor do que comer um super hot-dog e assistir ao filme Transformers junto com a razão do meu viver. Existe coisa melhor na vida? Existe prazer maior? Se existe, ainda não conheci... filho, te amo.
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