“Vivendo e aprendendo a jogar, vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo... mas, aprendendo a jogar”.
Guilherme Arantes.
Passei estes últimos dias fazendo uma “anamnese profissional”. Me recordei de tantas coisas... de tantas passagens... que bom!!! Me sinto muito grata. Cada pessoa que passou por minha vida profissional foi uma alavanca de aprendizado, um degrau de crescimento em que na grande maioria das vezes, no calor do momento eu não soube reconhecer.
Foi então que viajei no tempo e me vi com 14 anos de idade em meu primeiro emprego. Eu estudava no Colégio Primo Ferreira pela manhã, onde cursava o antigo segundo-grau. Na parte da tarde, das 14:00h às 20:00h eu era secretária/recepcionista em uma Escola de Inglês, cujo rendimento mensal era o equivalente à meio salário mínimo... rs. Não havia computador disponível, nessa época computador era objeto de luxo. Eu me “virava” com uma big máquina de escrever Olivetti elétrica!!! Um avanço tecnológico para a época. Quanta felicidade!!! Em meu primeiro emprego registrei também uma de minhas primeiras “gafes”... Passei meses regando uma planta artificial!!! Foi a treva... sem comentários. Com o meu primeiro salário comprei um álbum lançamento em vinil da banda News Kids on The Block, artigos de higiene pessoal, maquiagem e é claro todos os lançamentos de revistas com matérias sobre Arnold Schwarzenegger (meu super ídolo até hoje, atual Governador do Estado da Califórnia e futuro Presidente dos EUA). Sabe o melhor? Sobrou din din para passar todo o mês e por último consegui adquirir um frasco de 30ml do meu perfume favorito: Lou-Lou... ORIGINAL!!!!! Este perfume durou mais de um ano... kkkkk. Caramba, eu era feliz e não sabia!!! Super saudades do Túlio, então meu patrão. Nas tardes de menor movimento na escola, comíamos morangos com leite condensado ou bolo de cenoura com calda de brigadeiro. Saudades também da Cida, a faz-tudo, pessoa boníssima!!! Me lembro que ela me emprestou um dinheirinho para eu viajar para Chapecó/SC... Queria muito revê-los, após quase vinte anos, perdemos contato.
Já com 17 anos de idade, mudei de emprego. Fui trabalhar em uma empresa distribuidora de produtos da Gessy Lever. Novos rumos, o rendimento mensal passou a ser de um salário mínimo e quando a meta mensal era atingida, ainda ganhava uma comissão... hehehe... novos amigos também. Desta empresa, além de experiência profissional sempre cumulativa, trago comigo uma linda amizade que dura até hoje... é a minha querida amiga madrinha e também afilhada de casamento, Rosana Bellotto. Rô, te devo uma visita aí em Laranjal Paulista/SP, me aguarde!!! Mega saudades!!!
Aos 18 anos de idade iniciei minha jornada como recepcionista de uma clínica médica, emprego este que me lançou definitivamente na profissão onde me encontro até a presente data. Inicialmente os rendimentos mensais eram de 280 URV’s, mais o benefício de vale transporte e o meu primeiro registro em carteira de trabalho. Foram muitos altos e baixos, muitas idas e vindas, muitas pessoas para agradecer. Mas entre muitos profissionais da área, além de médicos como Dr. Paulo e Dra. Renata, que foram pessoas fundamentais para edificação de minha personalidade profissional, não poderia deixar de citar a figura da dona Marli, então administradora da clínica onde trabalhei durante quatro anos consecutivos... chatona, graças à Deus!!! Grande parte do que sou hoje, profissionalmente falando, devo à dona Marli Mão de Ferro. Cada lágrima que ela me fez chorar de raiva por ter que refazer várias vezes uma mesma tarefa até atingir a perfeição, cada palavra endurecida que ela me desferia, tudo isso me fazia repetir para mim mesma: “Vou aprender o máximo que puder com ela, pois um dia vou estar em seu lugar!!!”
A partir dos 22 anos de idade, por motivos única e exclusivamente financeiros, mudei de emprego. Fui trabalhar em uma Concessionária Fiat, cujo rendimento mensal era o dobro do que eu recebia até então, mais registro em carteira de trabalho, vale transporte e tíquete alimentação. Foi quando consegui minha primeira conta bancária com talão de cheques e cartão de crédito, no extinto UNIBANCO. Nesta empresa sim aprendi o que é ser grande de verdade. Uma Holding, organogramas, fluxogramas, avaliações de desempenho, treinamentos, etc. Foi lá que descobri muitas coisas, cresci. Fui muito humilhada e achincalhada. Me chamavam de “pata-choca”, de “lerda”, etc. Éramos constantemente ameaçados pela figura do diretor da empresa que se dizia ex-militar do exército... blá, blá, blá... vivia com sua pistola automática de cabo marrom à vista, só para intimidar os funcionários. Pena que nessa época ainda não existia o crime por assédio moral... eu teria ganhado uma grana preta. Em resumo, trabalhar neste ramo hipócrita e fútil só me serviu para duas coisas na vida, além da experiência profissional magnânima: Conhecer o Saulo, meu marido e definitivamente a pessoa mais importante de minha vida e ter condições financeiras para cursar e concluir meu curso superior em Administração de Empresas – minha paixão.
Aos 24 anos de idade, literalmente casei e mudei. Penúltimo ano de faculdade, acabei fazendo um estágio na SABESP (Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Setor de Suprimentos e Licitações – LBAS1. Muito bom, outro mundo, um pedacinho do céu!!! Trago boas lembranças de muita gente, belos contatos.
Com 26 anos, uma experiência indescritível. Com certeza, simultaneamente foi a melhor e a pior experiência de toda minha existência até então. Moramos durante um ano na cidade de Birigui/SP e eu trabalhei num ramo novo para mim e que eu me descobri apaixonada. Trabalhei em uma confecção de roupas femininas... uma verdadeira Disneylândia, com acontecimentos surreais. Mas o melhor de tudo foram as poucas pessoas queridas que encontrei por lá e que mantemos um contato de amizade e muito respeito até hoje... Marisa e Luiz Carlos, pessoas impagáveis que carregarei em meu coração por toda minha vida. Obrigada por todo o apoio e aprendizado partilhado conosco durante todo o sempre!!!
A partir dos 27 anos, finalmente de volta a minha querida terra natal, Santos/SP, meu porto seguro, retornei em definitivo e com força total a minha verdadeira origem profissional: Gestão em Saúde. E é aqui onde me encontro até os dias atuais. Degrau por degrau, honestamente, ultrapassei rapidinho o posto da dona Marli sem me dar conta, quando percebi já estava como gerente local de uma operadora de planos de saúde, responsável por uma área de jurisdição que vai desde o município da Bertioga – Litoral Norte até o Vale do Ribeira... caramba, é muita coisa!!!
Dona Marli... Gratidão profunda.
Passei estes últimos dias fazendo uma “anamnese profissional”. Me recordei de tantas coisas... de tantas passagens... que bom!!! Me sinto muito grata. Cada pessoa que passou por minha vida profissional foi uma alavanca de aprendizado, um degrau de crescimento em que na grande maioria das vezes, no calor do momento eu não soube reconhecer.
Foi então que viajei no tempo e me vi com 14 anos de idade em meu primeiro emprego. Eu estudava no Colégio Primo Ferreira pela manhã, onde cursava o antigo segundo-grau. Na parte da tarde, das 14:00h às 20:00h eu era secretária/recepcionista em uma Escola de Inglês, cujo rendimento mensal era o equivalente à meio salário mínimo... rs. Não havia computador disponível, nessa época computador era objeto de luxo. Eu me “virava” com uma big máquina de escrever Olivetti elétrica!!! Um avanço tecnológico para a época. Quanta felicidade!!! Em meu primeiro emprego registrei também uma de minhas primeiras “gafes”... Passei meses regando uma planta artificial!!! Foi a treva... sem comentários. Com o meu primeiro salário comprei um álbum lançamento em vinil da banda News Kids on The Block, artigos de higiene pessoal, maquiagem e é claro todos os lançamentos de revistas com matérias sobre Arnold Schwarzenegger (meu super ídolo até hoje, atual Governador do Estado da Califórnia e futuro Presidente dos EUA). Sabe o melhor? Sobrou din din para passar todo o mês e por último consegui adquirir um frasco de 30ml do meu perfume favorito: Lou-Lou... ORIGINAL!!!!! Este perfume durou mais de um ano... kkkkk. Caramba, eu era feliz e não sabia!!! Super saudades do Túlio, então meu patrão. Nas tardes de menor movimento na escola, comíamos morangos com leite condensado ou bolo de cenoura com calda de brigadeiro. Saudades também da Cida, a faz-tudo, pessoa boníssima!!! Me lembro que ela me emprestou um dinheirinho para eu viajar para Chapecó/SC... Queria muito revê-los, após quase vinte anos, perdemos contato.
Já com 17 anos de idade, mudei de emprego. Fui trabalhar em uma empresa distribuidora de produtos da Gessy Lever. Novos rumos, o rendimento mensal passou a ser de um salário mínimo e quando a meta mensal era atingida, ainda ganhava uma comissão... hehehe... novos amigos também. Desta empresa, além de experiência profissional sempre cumulativa, trago comigo uma linda amizade que dura até hoje... é a minha querida amiga madrinha e também afilhada de casamento, Rosana Bellotto. Rô, te devo uma visita aí em Laranjal Paulista/SP, me aguarde!!! Mega saudades!!!
Aos 18 anos de idade iniciei minha jornada como recepcionista de uma clínica médica, emprego este que me lançou definitivamente na profissão onde me encontro até a presente data. Inicialmente os rendimentos mensais eram de 280 URV’s, mais o benefício de vale transporte e o meu primeiro registro em carteira de trabalho. Foram muitos altos e baixos, muitas idas e vindas, muitas pessoas para agradecer. Mas entre muitos profissionais da área, além de médicos como Dr. Paulo e Dra. Renata, que foram pessoas fundamentais para edificação de minha personalidade profissional, não poderia deixar de citar a figura da dona Marli, então administradora da clínica onde trabalhei durante quatro anos consecutivos... chatona, graças à Deus!!! Grande parte do que sou hoje, profissionalmente falando, devo à dona Marli Mão de Ferro. Cada lágrima que ela me fez chorar de raiva por ter que refazer várias vezes uma mesma tarefa até atingir a perfeição, cada palavra endurecida que ela me desferia, tudo isso me fazia repetir para mim mesma: “Vou aprender o máximo que puder com ela, pois um dia vou estar em seu lugar!!!”
A partir dos 22 anos de idade, por motivos única e exclusivamente financeiros, mudei de emprego. Fui trabalhar em uma Concessionária Fiat, cujo rendimento mensal era o dobro do que eu recebia até então, mais registro em carteira de trabalho, vale transporte e tíquete alimentação. Foi quando consegui minha primeira conta bancária com talão de cheques e cartão de crédito, no extinto UNIBANCO. Nesta empresa sim aprendi o que é ser grande de verdade. Uma Holding, organogramas, fluxogramas, avaliações de desempenho, treinamentos, etc. Foi lá que descobri muitas coisas, cresci. Fui muito humilhada e achincalhada. Me chamavam de “pata-choca”, de “lerda”, etc. Éramos constantemente ameaçados pela figura do diretor da empresa que se dizia ex-militar do exército... blá, blá, blá... vivia com sua pistola automática de cabo marrom à vista, só para intimidar os funcionários. Pena que nessa época ainda não existia o crime por assédio moral... eu teria ganhado uma grana preta. Em resumo, trabalhar neste ramo hipócrita e fútil só me serviu para duas coisas na vida, além da experiência profissional magnânima: Conhecer o Saulo, meu marido e definitivamente a pessoa mais importante de minha vida e ter condições financeiras para cursar e concluir meu curso superior em Administração de Empresas – minha paixão.
Aos 24 anos de idade, literalmente casei e mudei. Penúltimo ano de faculdade, acabei fazendo um estágio na SABESP (Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Setor de Suprimentos e Licitações – LBAS1. Muito bom, outro mundo, um pedacinho do céu!!! Trago boas lembranças de muita gente, belos contatos.
Com 26 anos, uma experiência indescritível. Com certeza, simultaneamente foi a melhor e a pior experiência de toda minha existência até então. Moramos durante um ano na cidade de Birigui/SP e eu trabalhei num ramo novo para mim e que eu me descobri apaixonada. Trabalhei em uma confecção de roupas femininas... uma verdadeira Disneylândia, com acontecimentos surreais. Mas o melhor de tudo foram as poucas pessoas queridas que encontrei por lá e que mantemos um contato de amizade e muito respeito até hoje... Marisa e Luiz Carlos, pessoas impagáveis que carregarei em meu coração por toda minha vida. Obrigada por todo o apoio e aprendizado partilhado conosco durante todo o sempre!!!
A partir dos 27 anos, finalmente de volta a minha querida terra natal, Santos/SP, meu porto seguro, retornei em definitivo e com força total a minha verdadeira origem profissional: Gestão em Saúde. E é aqui onde me encontro até os dias atuais. Degrau por degrau, honestamente, ultrapassei rapidinho o posto da dona Marli sem me dar conta, quando percebi já estava como gerente local de uma operadora de planos de saúde, responsável por uma área de jurisdição que vai desde o município da Bertioga – Litoral Norte até o Vale do Ribeira... caramba, é muita coisa!!!
Dona Marli... Gratidão profunda.
Que Deus lhe abençoe para sempre!!!
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