"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

domingo, 13 de junho de 2010

06/06/2010

Em Brasília, 19:20h.
Já estou em meu quarto de hotel, suíte 402 do Hotel Nacional de Brasília/DF. Agora está tudo tranquilo, puro relax depois de um dia repleto de muita adrenalina.

Acordei às 6:00h e fomos em “caravana” para o Aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos. Eu, Saulo, Arthur, Simone e Igor. Parecia que eu estava indo embora de vez para outro continente. As crianças curtiram muito o aeroporto. Tudo certo, fiz o check-in, tomamos um lanche, quer dizer, eles tomaram um lanche, pois eu não consegui sequer beber um copo d’água. Simplesmente estava apavorada, em pânico. Sofro de acrofobia (medo de altura), passou do terceiro andar eu nem chego perto da janela. Pra piorar, no portão de embarque o Arthur grudou em mim aos prantos, dizendo que eu só iria se ele também fosse comigo... que momento difícil!!! Tentei conter as lágrimas, mas não deu.

Já dentro da sala de embarque,sentei num cantinho, me isolei, fiz meu Ho’Oponopono e me entreguei à Deus. Procurei manter o centramento a qualquer custo. Ao adentrar na aeronave tudo passou. A tripulação extremamente atenciosa fez tudo parecer muito simples. Mas na hora em que a porta se fecha e os procedimentos de emergência são informados passo a passo, procurei fazer de conta que estava tudo bem, muito embora minhas mão estivessem geladas e extremamente suadas. Transpirei o suficiente para encher uma garrafa pet de 2 litros... quase desidratei!!! O avião taxiou, encabeçou a pista e só por Deus!!! Caraca... é a sensação mais louca do mundo!!!

Em conformidade com o famoso Provérbio Tibetano, já citado por mim no dia 05/05/2010 “Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar. Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão”, não tive outra escolha a não ser relaxar e curtir. No final das contas AMEI a experiência de voar, o medo acabou, curti muito todos os momentos, sentada na poltrona 14A – Janela, nem pisquei. Me senti livre e ínfima.

Já em Brasília, o motorista da van que nos esperava no aeroporto, nos levou p/ um breve city tour no caminho p/ o hotel. Que indignação, a capital nacional é muito feia!!! Como pode?
Chegamos ao hotel por volta das 16:00h. O hotel em que ficamos todos hospedados é super tradicional, cinco estrelas, mas muuuuuito antigo, quase da época de JK. Para se ter uma idéia, existe penteadeira na mobília das suítes, a banheira é daquelas brancas de louça, o azulejo do banheiro todo branco e com bidê... bidê??? Bisarro, porém muito interessante. Mas o importante é que o principal funciona impecavelmente: serviço e higiene excelentes.

Desfiz a mala, organizei tudo e desci. Perguntei na recepção se havia um shopping na cidade e para minha melhor surpresa, não só havia como era bem pertinho, uns 200 metros. Lá fui eu caminhando, cheia de fome, pois a adrenalina da primeira metade do meu dia tirou a minha fome. Shopping pelo menos possui praça de alimentação e com certeza um MC’ Donalds... não tem erro nem sustos. No caminho, que horror!!! Como Brasília é imunda... cheira urina e como não chove a umidade relativa do ar estava abaixo de 20%. Muita gente de caráter duvidoso pelas esquinas e praças, drogas a céu aberto, uma cracolândia a cada esquina, explicitamente. Um verdadeiro show de horror!!! Depois que eu fui e voltei sozinha, descobri que andar a pé e sozinha por ali é suicídio. Bem que o recepcionista do hotel ofereceu um serviço de taxi, mas achei que era “venda casada”, entende? O que importa é que deu tudo certo.

No shopping, mais surpresas. Que povo mais despreparado e mau educado. Bom dia, boa tarde, boa noite, por favor e obrigada são palavras desconhecidas pelo povo brasiliense... tá louco!!! Já fiquei azeda!!! Algo aparentemente simples, como conseguir colocar crédito em meu celular foi uma verdadeira epopéia!!! Capital Nacional, como pode? A população ainda é de “candangos”. Agora entendi porque nós brasileiros somos conhecidos lá fora como “macaquitos”. Brasília é surreal. Fim de noite, depois de um banho gostoso e regenerador, nos encontramos no restaurante do hotel onde comemos uma pizza e já fomos quebrando o gelo, afinal somos 56 gestores de todo o Brasil. Como estávamos todos muito cansados da viagem, dormimos cedo, pois teremos que nos apresentar amanhã às 8:30h. Coloquei meu celular p/ despertar no horário de sempre, 6:00h, p/ dar tempo de tomar meu banho sossegada, tomar meu café e acordar de verdade.

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