"Sou uma mulher madura, que as vezes brinca de balanço.
Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto."
(Martha Medeiros)

Este Blog tem por objetivo catalogar minha caminhada nesta jornada diária na busca incessante pelo auto-conhecimento e compreensão das coisas com a ampliação de consciência. Esta tarefa faz parte do meu exercício de auto-disciplina e comprometimento comigo mesma.


Sigo meu caminho, um dia de cada vez, colocando cada coisa em seu lugar, re-organizando aos poucos toda a minha existência. Mas... de que forma??? Condição sine-qua-non ou regra de ouro: Nunca fazer ao outro aquilo que não gostaria que o outro me fizesse. Deixar a ansiedade e o orgulho de lado, controlar o ego e exercitar o perdão.

Simples, mágico e divertido... com certeza!!!

Por fim, decidi fazer um diário emocional onde irei registrar minhas impressões sempre que algo relevante chacoalhar minha estrutura sinestésica feminina, cujo título não podeia ser outro, senão O DIVÃ DE VALERIA KENCHICOSKI.

Valeria Kenchicoski - março/2010.

domingo, 16 de maio de 2010

14/05/2010

Perdi a hora... dormi demais... definitivamente, não consegui acordar. Cheguei ao trabalho quase 9:30h!!! Quando isso acontece, parece que o resto do dia é atropelado, afinal meus dias são divididos em compartimentos hermeticamente fechados. Assim sendo, se um compartimento trava, o resto trava por tabela. Meu dia a dia é uma verdadeira linha de produção de tarefas... ufa... ainda bem que mesmo com tudo meio confuso, consegui me ordenar ainda pela manhã. Muito obrigada universo... santo cosmos... rs.

Ainda consegui ir ao salão de beleza na hora do almoço fazer as unhas e sombrancelhas (já estava quase com duas “taturanas” no rosto). Estresse à parte, nem vou entrar no mérito da questão. Trabalho na área da saúde onde sou gestora local de uma Operadora (Plano de Saúde). Durante esta semana realizamos a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe (gripe A + H1N1)... correu tudo bem, muito trabalho, mas ao final tudo valeu à pena. Estresse é a mola propulsora em minha rotina profissional, meu público alvo é diferenciado e extremamente exigente. Enfim, cronograma semanal realizado com sucesso, agora sim posso curtir meu final de semana de verdade, com a deliciosa sensação de dever cumprido.

À noite fui à um novo rodízio de pizza, super bacaninha inaugurado recentemente perto de casa. Estavam presentes 11 casais amigos, mas como coincidências não existem, eu fui sozinha e fiz companhia p/ outra colega, que também acabou indo sozinha... Como “não sou nada observadora”, durante as 3 horas aproximadamente em que ficamos todos juntos, ao redor de uma mesma mesa em refeição, acabei fazendo minha anamnese básica... não tem jeito, virou hábito.

Quanto mais o tempo passa, quanto maior o número de pessoas que conheço, converso, enfim, fico mais preocupada com o futuro da humanidade. É incrível como as pessoas são infelizes e depressivas... e pior, elas nem se apercebem disso. Desculpem a franqueza, mas este divã ainda é meu, né... ninguém é obrigado a concordar com nada do que escrevo aqui, pois tudo é um ponto de vista única e exclusivamente meu. Tenho a plena consciência de que posso estar totalmente errada em relação à tudo o que penso, sinto e escrevo. Não tenho a intenção de julgar nada e nem ninguém, apenas estou catalogando o meu universo de percepções e sensações em relação à vida que eu levo, em relação ao meio social ao qual estou inserida. Volto a dizer que este divã é a minha ferramenta pessoal p/ desenvolver meu auto–conhecimento de forma divertida... de mim para mim mesma e só.

É incrível como os corações das pessoas estão egoisticamente vazios, a inversão de valores é impressionante. Cabe aqui mais um dos ditados da minha avó: POR FORA BELA VIOLA, POR DENTRO PÃO BOLORENTO. Hoje o ser humano vive em função de TER e esqueceram-se de SER. Os diálogos são superficiais e fúteis... eu também gosto de futilidades às vezes, sou humana também e taurina... terra, terra, terra!!! Talvez por esse motivo eu busque tanto me aprimorar emocional e intelectualmente. Estou em busca do equilíbrio da minha balança.

Puxa vida, é tão simples, mágico, divertido e fácil ser feliz... a gente é que complica tudo. Fala sério, eu não conheço nenhuma criança infeliz, sabem por que? Crianças são sinceras... apenas sinceras. Sinceras consigo mesmas e com os outros. Desta forma não há conflitos e faz de conta. Se não há conflitos e nem faz de conta, também não há decepções, frustrações, cobranças...

As frustrações em nossas vidas ocorrem porque nós adultos temos a tendência suicida de depositar todos os nossos sonhos no outro. Criamos expectativas e fantasiamos um mundo repleto de pessoas que não existem. E o outro não tem culpa disso. O outro, na grande maioria das vezes nem sequer sabe que decepcionou alguém, pois também está preocupado consigo mesmo e só.

A humanidade de hoje em dia parece que tem um DNA de avestruz... vive em baixa: cabeça baixa, auto-estima em baixa, respeito em baixa, auto-confiança em baixa, realizações em baixa, amor em baixa, felicidade em baixa, dignidade em baixa... etc... etc... etc...

Bem, vou ficando por aqui, apesar de tudo satisfeita comigo mesma, pois tenho a certeza de que continuo no caminho. Depois do dia de hoje, não posso concluir este “diário” sem copiar as sábias palavras de Rosemeire Zago (psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática):

"ACEITE-SE. Torne-se responsável pelo que você é e deixe que o outro seja responsável pelo o que ele é. Faça sua vida ser conduzida sob sua responsabilidade e seus valores, e não sob os do outro. Pense que você tem a responsabilidade de se amar, se aceitar, aprovar e valorizar. Se atribuir essa responsabilidade ao outro, cada vez que ele negar, surgirá a rejeição, um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo."

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